A Cultura e Influência do Kpop nos dias atuais.

Sem dúvidas, a pandemia do Covid-19 trouxe consigo diversas mudanças, sendo elas majoritariamente negativas, mas também tendo a presença de coisas positivas! Uma dessas mudanças positivas foi a forma de aceleração da globalização da indústria do marketing, mais especificamente a famosa 한류 (Onda Hallyu) e como algo tão, aparentemente, local transcendeu fronteiras para atualmente ter se tornado a maior exportação cultural já vista desde há algum tempo.

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Hallyu, também compreendida como a popularização da cultura pop coreana, se tornou foco em procuras na internet sobre conteúdos como: séries de televisão, filmes premiados com Óscares e estrelas K-Pop dominando o entretenimento em todo o mundo, desde os EUA às Filipinas e Tailândia ao Reino Unido. Mas o que estes êxitos coreanos possuem que os torna tão atrativos para o mundo ocidental?

Para que você possa entender um pouquinho mais sobre o poder que a Onda Hallyu hoje exerce, vamos passo a passo, okay? Essa exportação cultural que hoje se mostra bem sucedida não veio com somente sorte. Ela se trata de uma iniciativa governamental deliberada para apresentar ao mundo em uma escala global o que é o entretenimento coreano, sendo ele um esforço decorrente dos anos 90 quando a crise financeira asiática forçou a Coreia do Sul a limitar as importações culturais japonesas.

A partir dessa nova iniciativa, a indústria de entretenimento coreano começa a cultivar suas próprias artes e humanidades, criando novos departamentos de base cultural dentro das universidades coreanas, como forma de construir e desenvolver o Hallyu em direção ao mundo através de meios de comunicação midiático e claro, da música!

Nos anos 2000, havia novo espaço dentro mercado do pop asiático para a Coreia do Sul, que possibilitou o entretenimento encontrar seu caminho para mercados mais vastos através de filmes, moda e, os cada vez mais populares dramas coreanos.

O grande avanço das importações baseadas na cultura coreana aconteceu quando os dramas coreanos como a Winter Sonata e a Autumn In My Heart (fazendo menção honrosa para as trilhas sonoras que a acompanham) ganharam segmentos cultos em mercados como a China e o sudeste asiático.

O K-pop passou então a quebrar o mercado de boyband, com super-grupos como TVXQ, SS501 e Super Junior que surgiram no início dos anos 2000. Isto desencadeou uma espécie de mania de fãs devotos e espalhou-se rapidamente pela Ásia.

Os primeiros exemplos de presença do famigerado K-Pop nos mercado dos EUA chegaram ao fim da primeira década do milênio. Nessa altura, um dos maiores ídolos da Coreia, Rain ou 정지훈 (Jung Ji-Hoon) já estava dominando o mercado japonês e do sudeste asiático como estrela do K-pop e alcançando sua incursão nos EUA como autor através de Hollywood ao aparecer como estrela de ação em filmes como Ninja Assassin (2009). A imensa popularidade de Rain mostrou sinais de infiltração no mundo ocidental quando o famoso ganhou um lugar na lista das "100 Pessoas Mais Influentes" de 2006 do Time.

Uns anos depois, em 2012, o fenómeno mundial que foi o Gangnam Style de Psy impulsionou ainda mais a popularidade do K-pop para o mundo ocidental e para o centro do palco mundial. Como o primeiro vídeo de sempre a atingir a marca de 1 bilhão de visualizações no YouTube, não houve como escapar à melodia de quebra de recordes e ao movimento de dança famoso.

Isto alavancou o artista, bem como o bairro específico em Seul, para os holofotes. Também desbloqueou um frenesim para todas as coisas que constituíam o epicentro do frio coreano. A canção preparou o caminho para que, mais tarde, o gênero musical de pop coreano se tornasse uma característica cada vez mais frequente nas tabelas da US Billboard. Os atos do K-pop começaram a aparecer em tudo, desde reality shows de televisão até ao nascimento do primeiro festival de música K-pop, KCON, em Los Angeles no ano de 2012.

A nível mundial, o K-pop foi devidamente reconhecido como um gênero de pop por si só. Artistas como Big Bang e Girl's Generation realizaram digressões globais de concertos e começaram a ganhar prêmios internacionais como o World Music Awards (2014) e o YouTube Music Awards (2013), respectivamente.

À medida que o apelo global aumentava, a utilização das redes sociais e dos serviços de streaming o seguia proporcionalmente. A indústria musical sul-coreana empenhou-se em capitalizar estas plataformas para um maior alcance, e com o mundo todo parado em casa tendo como único escape a internet, a viralização de conteúdos tornou-se algo extremamente fácil, não somente com conteúdo coreano mas também com outros.

Atualmente, fandoms de grupos de K-pop são enormes e incrivelmente influentes por dominarem redes sociais como Twitter e Tiktok, e fazerem grande parte do trabalho de levar o conteúdo coreano ao mundo. Nos últimos tempos, se tem visto causas online sendo mobilizadas para atingir objetivos sociais ou políticos, não limitando-se somente ao entretenimento, como na época em chegou a ser arrecadado dinheiro para o movimento "Black Lives Matter" (Vidas Pretas Importam).

Grupos mundialmente famosos com uma grande diversidade de fãs têm buscado formas de utilizarem sua influência para mudanças positivas em nossa sociedade. Um exemplo evidente que podemos citar é o grupo BTS, que, não limitando sua grande influência à quebra de charts e recordes musicais, são embaixadores da juventude e têm frequentemente incentivado seus seguidores a juntarem-se à luta contra o bullying e o racismo, bem como a realizarem doações às instituições de caridade.

Da televisão ao cinema e à música, não se pode negar que a Hallyu transformou a forma como se é moldada a visão da cultura pop moderna. Quando o filme sul-coreano "Parasita" levou para casa quatro prêmios no Oscar do seu respectivo ano, fez história. Seu diretor destacou que grandes artistas estão esperando por oportunidades e holofotes.

Como o mundo contemporâneo é visto como amplamente globalizado, a Hallyu tem tido as melhores circunstâncias para prosperar. Por outro lado, um dos grandes diferenciais nessa nova onda quando comparada ao que se acreditava que cultura ocidental continuaria sempre a dominar os meios de comunicação, é que, o que vem da Coreia do Sul é fresco e novo, diferente do que até então era conhecido.

O que a Coreia vem apresentando ao público Internacional ao longo dos anos não se trata somente de um entretenimento sem causa, os valores que alguns grupos perpetuam como gratidão, respeito e humildade são algo que falta atualmente ao público na sua vida cotidiana. E a forma como é apresentado é muito moderna, contemporânea, e aspiracional. Chamando a atenção de vários tipos de gerações.

Com plataforma de streamings acompanhando a movimentação das mídias, a Coreia do Sul está entrando no mercado com filmes de qualidade de Hollywood, com os quais as pessoas realmente se identificam e seus assinantes não estão apenas abertos a isto mas estão na verdade à procura disso. A procura por diversas estórias e personagens que são apresentadas em diferentes culturas. É algo que definitivamente está a crescer e a tendência é só a aumentar!

Está cada vez mais claro que a Onda Hallyu não é somente uma moda. Ela é um fenômeno cultural que se infiltrou na música, nas séries, no cinema e hoje em dia nas vidas das pessoas graças ao aumento da tecnologia coreana, da culinária, bem como o ensino do seu idioma nativo para estrangeiros.

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Referências:

📝: GIBSON, Dani. "Hallyu to the world: the incredible rise of Korean culture". The Drum. Disponível em: <https://tinyurl.com/the-drum-news>.

📝: SOL Team. "How the Korean Wave made a Global Splash". Sound of Life. Disponível em: <https://tinyurl.com/soundoflife-news>.

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